A BONEQUINHA
Era
uma vez uma menina legal, inteligente e divertida. Ela tinha uma bonequinha bem
esquisita de olhos esbugalhados e roupa suja, rasgada. A menina chamava Lali.
Ela amava aquela boneca estranha.
Não
a largava nem que a pagassem. Ela tinha uma amiga, Keli, que não gostava tanto
da sua boneca, ela brincava com Lali todos os dias. Keli tinha uma bonequinha
cheirosa, limpinha e linda. E dizia que a boneca de Lali era feia. Só que Keli estranhava aquela
boneca da amiga, e um dia resolveu espiar a noite toda o porque ela era tão
especial. Ela espiou, espiou e já passava da meia noite e a boneca Lali se
mexeu.
Keli
ficou chocada e de boca aberta. A boneca desceu da cama e foi até a porta que
dava para fora. Quando saiu ela entrou num portal mágico Keli de curiosa entrou logo atrás. O portal
levava para o mundo das bonecas. Mas, ela não entendia porque só a boneca de Lali era especial e a
sua não. Keli tomou coragem e foi até a boneca e perguntou:
____ Porque você é tão diferente bonequinha? E
esse lugar?
A
bonequinha respondeu:
____
Pra começar eu tenho um nome, é Lili. Eu sou diferente mesmo. Está vendo todas
aquelas bonecas?
____
Sim. Por quê? Respondeu Keli.
_____
É que quando eu era menor ainda, achava que se uma pessoa é diferente é porque
ela é especial. Tentei fazer um vestido diferente para mim, mas quando eu fui
pegar a agulha e uma linha, caí numa poça de lama. E acabei ficando com o meu
vestido todo sujo e original. E logo Lali, minha dona me achou.
Keli
então pensou e lhe disse:
___
Bonequinha, eu posso lhe dar um banho e pedir para minha mãe fazer um vestido
novo para você, assim será sempre diferente e especial.
A
boneca Lili pulou de alegria, fez até uma dancinha de hula, hula.
Voltaram
para o mundo real. E Keli cumpri sua promessa. E nunca mais falou mal da
bonequinha da amiga e brincaram felizes para sempre.
Patrícia Alem
Chucarro
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